domingo, 22 de novembro de 2009

ORIENTAÇÃO ADEQUADA

"O modelo ideal de educação sexual não deve ser rígido, estagnado, direcionado e/ou autoritário. Deve, sim, respeitar as etapas de desenvolvimento do ser humano, entendendo o sexo como algo inerente a este processo e contribuir para a construção de uma vida sexual saudável e sem "vítimas". "

RESENHA CRÍTICA

Modelos de Educação Sexual

A sexualidade tornou-se um assunto comum e bastante discutido hoje em dia. Diferente do que ocorria há alguns anos atrás, conversar sobre o tema não é mais motivo de repressão. Vivemos em meio a uma sociedade repleta de posturas, concepções e modelos acerca do assunto. Com base nas informações fornecidas pelos sites: http://www.museudosexo.com.br/, http://www.portaldasexualidade.com.br/ e pelo material do Instituto de Ciências Sexológicas e Orientação Familiar (ISOF) pretendemos abordar o assunto de forma concisa dando enfoque nos modelos de educação sexual existentes.
O termo “sexualidade”, para a maioria das pessoas, remete exclusivamente à relação sexual e reprodução. Porém, a sexualidade não se limita ao ato sexual. Trata-se de algo bem mais amplo. Abrange a identidade sexual (masculina e feminina), auto-estima, alterações físicas e psicológicas, higiene sexual, gravidez, transtornos sexuais, entre outros. A relação direta que as pessoas fazem entre sexualidade e coito pode ser explicada pelo fato dessa ter sido uma visão que vigorou no Ocidente até o final do século XIX. A idéia continua forte e predominante na concepção das pessoas.
A cultura ocidental desenvolveu modelos de educação sexual baseados em diferentes concepções da sexualidade que foram se modificando com o passar dos anos. A concepção tradicional clássica enxerga na sexualidade um objetivo único: reprodução. Seu modelo de educação sexual fundamenta-se em bases ideológicas morais e religiosas. A concepção técnico-intuitiva é uma fase evolutiva da concepção anterior. Entende que a sexualidade é concebida como uma função bio-fisiológica e atribui-se ao especialista (geralmente o médico) a realização de conferências informativas técnicas, particularmente do tipo anatômico-fisiológico. A concepção psicológica fundamenta-se no racionalismo científico e tem como base os estudos psicanalíticos. A importância da sexualidade é reconhecida em parte. Aos pais é atribuída a educação sexual de seus filhos. A concepção contestária é marcada pela luta para que novos esquemas substituíssem os antigos. Nela a educação sexual é desenvolvida desde o nascimento. Na concepção consumista há um forte apelo sexual e uma supervalorização do orgasmo como centro único da sexualidade humana. Nessa concepção não existe um modelo de educação sexual, apenas um processo informal de educação sexual. E por último, a concepção relacional que tem como base teórica a sexologia, enquanto ciência humana que estuda o fato sexual. Compreende que a educação sexual, se não a única, é a principal forma de possibilitar uma mudança de atitudes: da proibição e permissividade para aquela desejável de cultivo.
Diante de tantos modelos e teorias sobre a forma como a sexualidade deve ser tratada fica o questionamento: Qual o modelo mais adequado? Qual concepção aborda de forma satisfatória as necessidades do ser humano no que diz respeito ao desenvolvimento de sua sexualidade? Acreditamos que a melhor forma de orientação sobre o assunto é o uso de uma linguagem apropriada para cada fase do desenvolvimento humano levando em consideração as mudanças e curiosidades pertencentes a cada estágio da vida.

Referências
NETTO, J. M. F. Programa de Formação de Especialistas em Educação Sexual. Instituto de Ciências Sexológicas e Orientação Familiar, Brasília.2006
http://www.portaldasexualidade.com.br/. Acessado em 23/11/2009.
http://www.museudosexo.com.br/. Acessado em 23/11/2009.

HISTÓRIA EM QUADRINHOS


"Vale retomar, então, que a punição e a repressão severas são prejudiciais e devem ser substituídas por conversas francas e por atitudes que busquem desviar a atenção da criança para outros estímulos e atividades, de forma a não comprometer o desenvolvimento e a criatividade infantil. "
Fonte: http://www.portaldasexualidade.com.br/

CHARGE


"Respeitando a idade e a capacidade de compreensão da criança, o ideal é que - numa linguagem simples, objetiva e clara - os pais falem exatamente "o que" acontece e "como" acontece, procurando responder somente aquilo que a criança perguntou e não antecipando informações desnecessárias no momento. "

VÍDEO

Depoimento: D., Estudante de Psicologia.

sábado, 21 de novembro de 2009

ENTREVISTA

Entrevista feita com uma servidora pública:
G. S. P, de 40 anos de idade.


1. O que é para você Educação Sexual?
É uma educação que não só aborda questões relacionadas a sexo e sim uma educação integral que envolve vários aspectos como: valores, comportamentos, livres de pré-conceitos e tabus.

2. Como foi a Educação Sexual que você recebeu?
Eu não recebi Educação Sexual nem pela minha família, nem pela escola.

3. Você acredita que é importante dar Educação Sexual aos filhos?
Com certeza é muito importante.

4. Quem deve realizar a Educação Sexual?
Os pais são os grandes responsáveis por essa educação e a escola precisa reforçar.

5. Você gostaria que, no seu momento, tivessem lhe dado informações claras sobre assuntos que você tinha interesse e/oi curiosidade? Por quê?
Sim, porque poderia teria oportunidade de vivenciar a minha sexualidade de uma forma saudável.

6. Quais as mensagens, frases, conselhos, que você recebeu na sua infância, adolescência, juventude em relação à sua sexualidade?
Primeiro que as questões eram discutidas de uma forma muito às escondidas e sem nenhuma clareza.

7. Em que idade, você acha que deveria se iniciar a Educação Sexual?
Desde o nascimento.

8. Você acha difícil falar sobre sexo com: pais, filhos, amigos, crianças, colegas, conhecidos, entre outros?
Não.

9. Qual foi o primeiro tema sexual que despertou seu interesse?
O que significava orgasmo.

10. Como você vê o que está acontecendo na sociedade brasileira, nos últimos anos com relação ao fenômeno sexual? Passou de um extremo a outro e muitas vezes as questões sexuais são confundidas com pornografia.
Oi galerinha, que está nos acompanhando nessa busca por conhecimento.
Desde o ínico desse trabalho estamos coletando e postando aqui algumas informações sobre o tema "Sexualidade Saudável".
Agora, na reta final, iremos postar apenas nossas próprias construções, feitas a partir dos dados coletados. Serão cinco tipos de texto: entrevista, vídeo, charge, história em quadrinho e resenha.
Esperamos que tenham ampliado seus conhecimentos e gostem dos trabalhos que serão apresentados.

Um abraço,

Grupo Sexualidade Saudável.